7.12.09
27.10.09
Escrita mínima
O senhor X escreveu, com a sua caneta de aparo reluzente; caderno novo e vida nova.
A menina X viu aquilo e decidiu acrescentar um sorriso, desenhado a esferográfica verde fluorescente e reticências.
Os mangas de alpaca, incrédulos, aproveitando aquele momento de rara intuição e convergência de sinais positivos, decidiram trincheirar as paredes da repartição, exigindo o pagamento de um subsídio por esforço contínuo, o prémio, que havia sido congelado, de mérito intelectual acrescentado de fim de semana e o pagamento das elucubrações a desoras e reticências reticências reticências.
As revoluções podem bem acontecer, onde menos se espera.
O senhor X escreveu, com a sua caneta de aparo reluzente; caderno novo e vida nova.
A menina X viu aquilo e decidiu acrescentar um sorriso, desenhado a esferográfica verde fluorescente e reticências.
Os mangas de alpaca, incrédulos, aproveitando aquele momento de rara intuição e convergência de sinais positivos, decidiram trincheirar as paredes da repartição, exigindo o pagamento de um subsídio por esforço contínuo, o prémio, que havia sido congelado, de mérito intelectual acrescentado de fim de semana e o pagamento das elucubrações a desoras e reticências reticências reticências.
As revoluções podem bem acontecer, onde menos se espera.
14.10.09
Escrita mínima
O senhor X decretou uma espécie de pousio para si próprio e para os melancólicos mangas de alpaca da repartição. Talvez assim, quem sabe, possamos significar alguma coisa, mais tarde.
A menina X parece ser o caso de excepção; com a sua gabardine azul turquesa e os seus sapatos verde-choque, tem ar de florescer todos os dias.
O senhor X decretou uma espécie de pousio para si próprio e para os melancólicos mangas de alpaca da repartição. Talvez assim, quem sabe, possamos significar alguma coisa, mais tarde.
A menina X parece ser o caso de excepção; com a sua gabardine azul turquesa e os seus sapatos verde-choque, tem ar de florescer todos os dias.
1.10.09
30.9.09
29.9.09
Escrita mínima
O senhor X é um optimista e deixou-se inebriar pelo Sócrates "bonzinho" da campanha; pelo seu "arrependimento" na Cultura, o seu tom suave e cuidadoso, o seu humor...
Na noite de 27, lá estava o velho ministro a cantar a sua vitória "extraordinária", sublinhada no seu tom costumeiro, com a ajuda do seu dedinho, para o seu opositor Louçã, para que não restassem dúvidas.
Não obstante o tom agreste-crispado de Louçã, o senhor X pensa que será, certamente, dos poucos a conseguir rrrresponder-lhe, nestes anos que se avizinham... turbulentos, turbo/lentos(?).
O senhor X é um optimista e deixou-se inebriar pelo Sócrates "bonzinho" da campanha; pelo seu "arrependimento" na Cultura, o seu tom suave e cuidadoso, o seu humor...
Na noite de 27, lá estava o velho ministro a cantar a sua vitória "extraordinária", sublinhada no seu tom costumeiro, com a ajuda do seu dedinho, para o seu opositor Louçã, para que não restassem dúvidas.
Não obstante o tom agreste-crispado de Louçã, o senhor X pensa que será, certamente, dos poucos a conseguir rrrresponder-lhe, nestes anos que se avizinham... turbulentos, turbo/lentos(?).
15.9.09
25.8.09
16.8.09
12.8.09
28.7.09
Merce Cunningham (16 Abril 1919 - 26 Julho 2009), retratado por Annie Leibovitz, em 1997, e em "Changeling", fotografado por Richard Rutledge. Um bailarino e coreógrafo que revolucionou o discurso artístico, não apenas da dança.
Na impossibilidade técnica de colocar aqui "Beach Birds", com música de outro mestre, seu companheiro de estrada; John Cage, aconselhamos uma pesquisa internáutica pelo youtube, ou no sítio da Merce Cunningham Dance Company www.merce.org.
21.7.09
11.7.09
6.7.09
4.7.09
3.7.09
29.6.09
Hoje, segunda, pelas 21h30, A Escola da Noite — em colaboração com o Núcleo de Estados para a Paz e o Observatório sobre Género e Violência Armada do Centro de Estudos Sociais —, acolhe no Teatro da Cerca de São Bernardo a ante-estreia de “Luto como Mãe”, filme sobre violência armada urbana, realizado por Luís Carlos Nascimento.
Depois da exibição, terá lugar um debate com o realizador e uma das intervenientes no documentário, Elizabeth Paulino, onde serão discutidos os impactos diferenciados da violência armada, bem como exemplos de militância colectiva contra a violência.
O Observatório sobre Género e Violência Armada (OGiVA), recém-criado no Centro de Estudos Sociais, visa desenvolver estudos, análises e recomendações práticas para políticas e programas sobre feminilidades, masculinidades e (in)segurança em contextos de violência armada na Europa, países africanos de língua portuguesa e países da América Latina.
“Luto como Mãe”, com duração de 70 minutos, será projectado na sala de espectáculos do Teatro da Cerca de São Bernardo e tem entrada livre.
LUTO COMO MÃE
Realização Luis Carlos Nascimento Fotografia Tiago Scorza Montagem/Edição Fabian Remmy Produção Executiva Tatiana Moura, Mercia Britto, Carla Afonso Produtor associado Rodrigo Letier Banda Sonora JJ Aquino e Wladimir Rocha Mistura Bernardo Gebara Vídeo grafismo Stanio Soares Produção Cinema Nosso , TVZERO e Jabuti Filmes
22.6.09
20.6.09
zooconsiderações
A estação maravilhosa do pé-no-chinelo tem um senão considerável — a melga — esse animal feroz, que faz a ruína das nossas noites e acabou, há muito, com a poesia dos verões estrelados. Parece que o ser criador, acometido de algum sarcasmo, transformou os anjos que desafinam, em demoníacas melgas sibilinas…
As formigas, que possuem asas, só as utilizam no estrito cumprimento das suas quotidianas funções. Nada de voos altos. Esvoaçar apenas, perto do formigueiro, transportando pacientemente os seus víveres…
A estação maravilhosa do pé-no-chinelo tem um senão considerável — a melga — esse animal feroz, que faz a ruína das nossas noites e acabou, há muito, com a poesia dos verões estrelados. Parece que o ser criador, acometido de algum sarcasmo, transformou os anjos que desafinam, em demoníacas melgas sibilinas…
As formigas, que possuem asas, só as utilizam no estrito cumprimento das suas quotidianas funções. Nada de voos altos. Esvoaçar apenas, perto do formigueiro, transportando pacientemente os seus víveres…
16.6.09
12.6.09
11.6.09
8.6.09
7.6.09
Hoje quase não ia votando — outro não-voto de protesto, pensei…
A escriba, de vida mais ou menos precária, deste sítio, preparava-se para apanhar um autocarro e assim se dirigir à sua mesa de voto que é, ainda, numa escola primária próxima do periférico bairro do INGOTE, quando se apercebeu que, ao domingo à tarde, quase não existem transportes para aquela zona da cidade. Domingo é um não-dia, não se trabalha e, por isso, as pessoas não têm de sair da sua casa, do seu bairro…
Lá chamei um taxi e paguei oito euros para ir votar. Oito euros de protesto… E não vou actualizar a minha residência!
A escriba, de vida mais ou menos precária, deste sítio, preparava-se para apanhar um autocarro e assim se dirigir à sua mesa de voto que é, ainda, numa escola primária próxima do periférico bairro do INGOTE, quando se apercebeu que, ao domingo à tarde, quase não existem transportes para aquela zona da cidade. Domingo é um não-dia, não se trabalha e, por isso, as pessoas não têm de sair da sua casa, do seu bairro…
Lá chamei um taxi e paguei oito euros para ir votar. Oito euros de protesto… E não vou actualizar a minha residência!
3.6.09
28.5.09
23.5.09
© Margarida Dias
A NOITE
TEATRO o bando
a partir de "A apresentação da Noite" e outros textos de Al Berto
encenação, dramaturgia e espaço cénico: João Brites
actores: Ana Lúcia Palminha e Pedro Gil
Isto não é Al Berto.
É um longo e demorado gesto de despedida.
Isto não é Al Berto.
É a tentativa de adiar a nossa ausência.
Isto não é Al Berto.
São duas faces de um mesmo espelho
que se dissipam.
Isto não é Al Berto.
É a nossa condição de sermos breves.
Isto não é o Al Berto.
Isto não é a Al Berto.
Isto é a distracção antes da morte.
Teatro da Cerca de S. Bernardo
23 24 Maio 21h30
20.5.09
© André Fonseca
JERUSALÉM
TEATRO o bando
Um espectáculo para assistir, no Teatro da Cerca de São Bernardo, construído, na linguagem peculiar d'o bando, a partir de um texto de Gonçalo M. Tavares.
Personagens ensombradas, "desenhadas" nos limites da razão e da loucura, que vão propondo, ao espectador, a construção de uma história onde se cruzam duras memórias.
16.5.09
14.5.09
Exilada?
Exilada seja aquela que algum dia teve terra.
Não tu
que não tens nem rasto de pó na tua memória
aniquilada.
(…)
Toda a terra que tenho, levo-a nos sapatos.
A minha casa é este corpo que parece uma mulher,
não preciso de mais paredes e dentro tenho
muito espaço:
este deserto negro que tanto te assusta.
Dois poemas de MIRIAM REYS, de um livro Terra e Sangue, apresentado no Teatro da Cerca de São Bernardo, da COSMORAMA Edições, com traduções de Jorge Melícias e de Pedro Sena-Lino.
3.5.09
suite dionisíaca
O senhor X escreveu, muito incomodado! — Nestes dias, que não são dias, a cidade transforma-se numa espécie de vomi(c)tório nacional… Se a vida não lhe sorrir, se não sabe do seu futuro e nem mesmo do seu presente, venha manifestar-se, em Coimbra, em colectivo… tome a sua esquina preferida e… Dionisos está consigo… e o próprio céu, no seu melhor azul. Azul compassivo.
O senhor X escreveu, muito incomodado! — Nestes dias, que não são dias, a cidade transforma-se numa espécie de vomi(c)tório nacional… Se a vida não lhe sorrir, se não sabe do seu futuro e nem mesmo do seu presente, venha manifestar-se, em Coimbra, em colectivo… tome a sua esquina preferida e… Dionisos está consigo… e o próprio céu, no seu melhor azul. Azul compassivo.
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