29.6.11

Figurinos para "Teatro Menor"

Um grupo de actores vindo de um lugar e de um tempo indeterminados, errando pelo espaço, sem identidade definida, uma espécia de humanidade sobrevivendo, passando pelo espectador, entre a ideia de magia do teatro e a ideia de resistência ao tempo.
Os figurinos devem parecer que foram vestidos desde sempre. Uma certa unidade pode estabelecer-se a partir do riscado dos tecidos para fato do século passado, do vermelho do teatro e também das históricas parelhas do cinema, do teatro e da literatura: Laurel e Hardy, Harpo e Grouxo, Dom Quixote e Sancho Pança, Jacques e o seu amo, Cândido e Pangloss, bem como de figuras como Charlot, Vasco Santana, António Silva, Ribeirinho, Monsieur Hulo, etc.
Acentuar os pares, quer pelas suas semelhanças, quer pelas suas diferenças.
Trabalhar o lado clownesco de algumas personagens.
Os actores representam várias personagens diferentes, mudando de forma camaleónica, quer em bastidor, quer frente ao público, utilizando muitos dos figurinos e calçado que fazem parte do espaço cénico.
O calçado, disposto em filas no espaço, representa a "grande caminhada da humanidade". Tal como o chapéu de coco, confere existência a quem o usa. Tirar partido do som de alguns sapatos.
Tratar a ambiguidade sexual, especialmente no texto "Miragens".
Utilizar alguns elementos de viagem: malas, sacos, pequenas sacolas penduradas, mochilas.
Trabalhar a convenção e os referentes teatrais, na sua construção e desconstrução.
Cores: preto, branco, bege, vermelho/carmim...