14.5.09
Exilada?
Exilada seja aquela que algum dia teve terra.
Não tu
que não tens nem rasto de pó na tua memória
aniquilada.
(…)
Toda a terra que tenho, levo-a nos sapatos.
A minha casa é este corpo que parece uma mulher,
não preciso de mais paredes e dentro tenho
muito espaço:
este deserto negro que tanto te assusta.
Dois poemas de MIRIAM REYS, de um livro Terra e Sangue, apresentado no Teatro da Cerca de São Bernardo, da COSMORAMA Edições, com traduções de Jorge Melícias e de Pedro Sena-Lino.
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