26.4.08

Construimos uma imagem demasiado romântica de uma revolução e talvez seja por isso que os jovens do nosso presidente não a levam muito a sério, nem percebem bem o que mudou, verdadeiramente.
As metáforas e as canções são tantas, que se dilui o horror da guerra colonial, o dos presos políticos, o do atraso cultural e vários outros horrores que construiam o cinzento quotidiano dos portugueses.
Confesso que a imagem do menino com o cravo vermelho irá sempre emocionar-me. Talvez, daqui a uns anos, me comporte como o meu avô que, pela vida fora, continuava a dar os seus "vivas" pela república, mas, para já, não façamos da revolução de Abril uma "pink light revolution".

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