22.3.08
























Durante anos, a Páscoa foi sinónimo de roxo mórbido, relacionado com a cor e a austeridade das festividades religiosas da minha infância, mas hoje lembrei-me de um branco, muito branco, dos bordados e das amêndoas de açucar da minha madrinha.
A minha madrinha Irene, Ireninha, como lhe chamavam, enchia-me de mimos e beijos sonoros e mais uns caracois, que conseguia construir, com rara mestria barroca, no cimo da minha cabeça, sem que eu pudesse manifestar a minha fúria.
Tinha um gosto especial por flores, bordados e bolos. Por coisas manuais, que a minha mãe também foi cultivando, e que estão lá por casa, sempre ao alcance da inspiração.

2 comentários:

Cláudia Sousa disse...

Eu era mais limonim...
Provavelmente não tem o poder de curar o cio aos gatos, mas alivia más disposições digestivas em dois tempos... ufa que alívio.

Anónimo disse...

parece uma onda!